Reedição: A semana santa de Nicholas Ray
Abril/2007
Comentário: existe uma porção de idéias “tati-bitati” que me incomodam nesse post. Mas de qualquer modo, o que está escrito, está escrito.
As cores, a luz, a profundidade e o volume, como Rafael e Boticceli
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“Não é sangue, é vermelho”
Mais do que um jargão gracioso, nostálgico e moribundo, dizer hoje que o cinema (ainda) é Nicholas Ray é resignificar uma arte pelo seu essencial. Luz, espaço e, com respeito à palavra, verdade.
Não uma verdade universal do cinema, mas as verdades de Ray estão bem evidentes em Rei dos Reis. Tudo é radical: a humanidade e a paixão do protagonista, a ofensiva social, a explosão da violência, a inevitabilidade trágica e o o papel central das cores. O olho de pintor de Ray: a luz como constraste criador de volume. O olho de arquiteto (o que ele era de formação): geometria e centralidade do plano, tendo como pressuposto…a luz.
Bem, sei lá…esse é o melhor filme que trata do personagem Jesus Cristo , que me perdoem Pasolini e Rossellini com seus belíssimos trabalhos. Pra quem ainda duvida que Jesus é mais legal que Ulisses e que acha um disparate colocar Ray ao lado de Rafael, Rimbaud…
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